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Rock de Quinta também pode dar certo

  • Foto do escritor: Rosa Andrade
    Rosa Andrade
  • 2 de abr. de 2016
  • 4 min de leitura

Atualizado: 26 de jan. de 2020


O bairro mais boêmio do Rio de Janeiro, também conhecido como Lapa, nunca dorme. Dias úteis, fins de semana e feriados são recheados de eventos, bares, boates, restaurantes e atrações turísticas que o lugar proporciona. O Circo Voador está entre eles. E tendo como pano de fundo o Aqueduto da Carioca, a casa recebeu o Three Days Grace, banda de metal/rock alternativo do Canadá, em plena quinta-feira, 26, três dias antes de sua performance no Lollapalooza. O local era mais acanhando, com uma quantidade de pessoas infinitamente menor que a de um festival. No entanto, a atmosfera, sintonia e interação que houve entre fãs e banda não ficou devendo em nada para a de um show de grandes proporções. Afinal, os músicos canadenses não pisavam em terras cariocas desde 2004, quando o vocalista ainda era Adam Gontier. O que, aliás, gerou dúvidas a respeito do talento do novo integrante.

Mas ao longo de 1h30 de show, Matt Walst mostrou a que veio. Pontualmente às 22h, o novo frontman subiu ao palco junto com Barry Stock (guitarra), Brad Walst (baixo), Neil Sanderson (bateria) e Dani Rosenoer (teclados). E ao abrir com o novo single “I Am Machine”, a banda transformou a energia do ambiente em um verdadeiro show de rock. Aplausos, pulos e berros de “Three Days Grace!” aclamando a banda vieram na sequência com o single “Pain”, um dos maiores sucessos do quarteto de seu segundo álbum de estúdio “One-X”.

A empolgação e presença de palco de Matt impressionaram. O cantor fez questão de conversar com a plateia em praticamente todas as pausas - ainda que fosse para introduzir a próxima canção - e chamar para que participassem ativamente do show. O vocalista se sentiu à vontade, inclusive, para fazer brincadeiras e comentar o calor que estava fazendo na cidade. “Esse lugar é muito quente. Nós somos do Canadá e lá é muito frio!”, disse Matt pouco antes de trocar o figurino que subira ao palco (jaqueta e camisa de manga comprida) por uma camiseta preta simples.

Brincadeiras à parte, o líder do Three Days Grace não poupou esforços para agradar o público e mostrou uma empatia muito grande com o país. Teve bandeira do Brasil sendo erguida, mosh durante uma das músicas e apertos de mão nos fãs mais fieis e incansáveis (sempre colados na grade). Como a estudante Monique Lopes, 25, que conseguiu ver a banda pela primeira vez. “Encostei nele e só isso já vale meu ingresso. É um sonho que se realiza”, afirma.

Os fãs pareceram curtir cada segundo da apresentação, que contou com uma setlist bastante variada de 17 músicas. A listagem passeou por todos os discos gravados pela banda e mesclou sons novos do recente álbum “Human” e canções populares que consagraram a banda como “The Good Life”, “Never Too Late”, “Home”, “Animal I Have Become” e “Just like you”. Em “I Hate Everything About You”, primeiro single de grande sucesso do Three Days Grace, Matt deixou a plateia ser o sexto membro da banda e cantar, aos berros, as frases que comandam o enredo e refrão da música.

E aproveitando essa euforia, Neil Sanderson brilhou em seu solo de bateria ao lado de Dani Rosenoer, por quase dez minutos, em um “improviso programado”, enquanto os demais membros tomavam um ar fora do palco. E ao voltarem, um momento inusitado da noite aconteceu. Um roadie, que se manteve o tempo todo no show observando os fãs no canto do palco, é chamado por Matt para cantar um rap, dividindo o palco com a banda.

A última música da noite foi “Riot”, uma das mais esperadas. Até a rodinha na pista que o vocalista tanto pediu apareceu. O relógio já apontava para uma hora e meia de show quando o último acorde da guitarra foi ouvido. E enquanto a banda jogava água e palhetas para os fãs, a equipe da Rádio Cidade, que também patrocinava o evento, se preparava pra recepcionar os ganhadores de um encontro com os integrantes do grupo. “Fizemos uma promoção no nosso website e ficamos muito felizes de poder proporcionar um momento ‘cara a cara’ de um fã com seu ídolo”, conta a jornalista Pamella Renha.

A histeria e dedicação dos público foi, sem dúvidas, um dos ingredientes que mais contribuíram para a energia incrível que tomou conta do Circo Voador: cada fã presente tinha na ponta da língua todos os sucessos da banda e uma animação de dar inveja em muito show por aí. Nem parecia dia de semana. O que foi ótimo, pois algumas horas depois já começava a tão querida sexta-feira. Confira o setlist: 1. I Am Machine 2. Pain 3. Break 4. So What 5. Just Like You 6. Chalk Outline 7. Human Race 8. Animal I Have Become 9. Painkiller 10. Fallen Angel 11. Home 12. Never Too Late 13. The Good Life 14. I Hate Everything About You 15. The Real You 16. Break Stuff 17. Riot

Resenha feita para fins acadêmicos

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